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Para quem busca uma vida leve
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A cannabis medicinal é uma alternativa para pacientes com Alzheimer desde 2015 no Brasil, quando os primeiros produtos à base da planta foram autorizados pela Anvisa a entrar no país. Desde então, a procura pelo medicamento só aumenta, graças aos seus efeitos positivos no tratamento da doença e dos seus sintomas.
De acordo com Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal, o potencial terapêutico da substância para o controle de sintomas decorrentes do Alzheimer é amplo, e envolve desde a melhora da qualidade do sono até a redução da agressividade e agitação dos pacientes, passando pela melhora da cognição, dos transtornos de humor como ansiedade e depressão, entre outros benefícios.
Foi pensando nisso que a farmacêutica, em colaboração com a Dra. Letícia Mayer, que é prescritora de cannabis medicinal, Médica da Família, especialista em Geriatria e em Cuidados Paliativos, elencou cinco benefícios da substância para pacientes com doenças neurodegenerativas.
1. Potencial tratamento para retardar a progressão da doença (em estudo): algumas moléculas presentes na cannabis podem ajudar a controlar a produção da proteína beta-amilóide, uma das responsáveis pelo avanço do Alzheimer, além de reduzir a neuroinflamação, protegendo neurônios contra o envelhecimento cerebral. Dessa forma, os canabinoides podem vir a ser indicados para prevenir e tratar doenças neurodegenerativas. É o que concluem estudos científicos pré-clínicos publicados na Revista Nature e Free Radical Biology and Medicine, por exemplo.
2. Auxiliar no tratamento de outras condições médicas que caminham junto à doença: além da patologia em si, estudos científicos comprovam que a terapia com canabinoides pode tratar outros sintomas e condições médicas que geralmente acompanham os pacientes com doenças neurodegenerativas, como é o caso da ansiedade, depressão, insônia e dor crônica.
3. Qualidade de vida: segundo a Dra. Letícia Mayer, parceira da farmacêutica Remederi, o paciente com Alzheimer, além de perder a memória, também perde muita qualidade de vida por conta da doença, e isso pode ser amenizado a partir de um tratamento com cannabis medicinal.
“Como o potencial terapêutico do medicamento é amplo, ele pode promover uma maior qualidade de vida, melhorando o humor, deixando os pacientes mais calmos, menos agitados e agressivos, mais dispostos e participativos. Pode, também, haver melhora na cognição de uma forma geral”, comenta.
4. Poucos efeitos colaterais: a cannabis medicinal apresenta maior eficiência e menos efeitos colaterais em relação à maioria dos tratamentos usuais da doença, além de possuir um baixo risco de interferência com outras medicações.
5. Pacientes e familiares satisfeitos com o tratamento: segundo a Dra. Letícia Mayer, hoje ela possui mais de 200 pacientes idosos que fazem uso da cannabis medicinal para o tratamento de patologias neurodegenerativas, como Alzheimer e outras demências, Parkinson e esclerose múltipla, além de pacientes de várias idades com dor crônica, ansiedade, depressão, insônia, entre outros. Todos eles têm apresentado bons resultados e avanços significativos com o tratamento.
De acordo com a médica, não há contraindicação absoluta ao uso dos canabinoides, mas algumas condições requerem cautela na prescrição, por isso é necessário uma avaliação cuidadosa na consulta médica.
Segundo Fabrizio Postiglione, fundador e CEO da Remederi, os benefícios da cannabis para o tratamento de doenças neurológicas já vem sendo descritos pela ciência há um tempo, e a substância apresenta alto potencial de retardar a progressão dessas patologias por conta da sua atuação na proteção das células cerebrais.
“Muitas vezes o diagnóstico de uma doença neurodegenerativa, como o Alzheimer, leva anos para ser descoberto, principalmente por seus sintomas serem confundidos com consequências do próprio processo de envelhecer. Diante disso, a terapia canabinoide pode dar esperança, inclusive para pacientes com tratamentos tardios e com outras condições médicas que acompanham a doença”, comenta Postiglione.